É só andar pelas ruas, entrar no metrô, no ônibus ou até mesmo no meio do trabalho; eles estão por toda parte: os fones de ouvido. Os fones já eram muito utilizados por nós durante atividades físicas e momentos de lazer. Agora, ganharam novos usos com a criação de podcasts, audiobooks, videoaulas, jogos e celulares com capacidade de memória e bateria inesgotáveis. Como tudo em excesso pode fazer mal, os fones não estão isentos de riscos. Diversos estudos têm demonstrado o número crescente de casos de perda auditiva induzida por ruídos.
Existem dois mecanismos principais para a perda auditiva. O primeiro seria a exposição a sons em um único momento e com intensidade superior a 110dB; o segundo seria a exposição crônica a sons de moderada frequência (85 dB), que leva à perda auditiva progressiva e IRREVERSÍVEL devido à lesão das células ciliadas na cóclea do ouvido interno.
Quando devo suspeitar que meu filho já apresenta alterações na audição devido ao uso de fones? • Dificuldade para ouvir sons agudos, como telefone e campainha. • Responder a uma frase ouvida sempre com “Hã?”, “O que?”, “Hein?”, a fim de tentar ouvir a frase novamente. • Ouvir zumbidos durante o dia.
Existem algumas medidas para reduzir as lesões causadas pelo uso excessivo de fones de ouvido. Dentre elas, podemos orientar o uso de 60% do volume máximo regulado pelos aparelhos eletrônicos, o uso de fones com cancelamento de ruído e o uso de fones extra-auriculares (headphones).
As tecnologias estão cada vez mais presente em nossas vidas, cabe a nós aprendermos a utilizar de forma adequada para evitar danos a saúde que podem advir de tais inovações.