A criptorquidia, termo médico relacionado a presença dos testículos fora da bolsa escrotal, tem incidência de 3% dos nascidos vivos, sendo mais frequente nos recém-nascidos prematuros.

Os testículos durante a vida fetal permanecem na cavidade abdominal, iniciando sua descida no 7°mês de gestação e completando sua migração no 9° mês.

Existem várias causas para ausência do testículo na bolsa escrotal, dentre elas:

Migração ectópica: o testículo acaba indo para um local inadequado durante migração.

Testículo retrátil: o testículo está presente na bolsa escrotal, mas devido a estímulos físicos acaba “subindo” para o canal inguinal ou abdômen.

Anorquia: inexistência do testículo devido a mal formação no processo fetal.

Alterações sexuais cromossômicas: ao contrário das demais formas, costuma ter ausência dos dois testículos e pode ter alterações na genitália do bebê.

A avaliação da criptorquidia deve ser multiprofissional, iniciando com o pediatra em cada consulta de rotina e caso o testículo não seja palpável na bolsa escrotal após os 6 meses o paciente deve seguir em acompanhamento conjunto com um urologista.

É de suma importância o diagnóstico precoce e tratamento, pois as evidências demonstram que o atraso na correção cirúrgica pode ocasionar alterações hormonais e risco aumentado de câncer no testículo afetado.

Fonte:

https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/criptorquidismo-o-que-o-pediatra-precisa-saber/
https://sbu-sp.org.br/publico/criptorquidia/

Dr. Túlio Alonso João – Pediatra, Especialista pela SBP/RQE:85275.