A síndrome do respirador oral acomete crianças entre 2 e 8 anos, coincidindo com o aumento das amígdalas e adenoides. É um problema pouco relatado pelos familiares, talvez pelo desconhecimento dos prejuízos que esse hábito pode trazer ao seu filho.
Essa via alternativa para passagem de ar pode decorrer de diversas doenças que causam a obstrução do fluxo natural do ar pelas narinas, sendo mais comum nos casos de rinite alérgica, aumento de adenoide ou “carne esponjosa”, aumento de amígdalas, desvio de septo nasal e algumas síndromes genéticas como Síndrome de Down.
Os sintomas mais comuns dessa afecção são: fala anasalada, roncos, babar em excesso durante o sono, dificuldade para alimentação, sono agitado e irritabilidade diurna. A obstrução do fluxo de ar nasal altera o padrão do sono resultando em queda da oxigenação cerebral e despertares noturnos mais frequentes, portanto é comum que esses pacientes apresentem dificuldades escolares, aumento do cortisol resultando em irritabilidade, déficit de atenção e hiperatividade, baixo ganho de peso ou déficit de crescimento.
O diagnóstico é clínico, sendo necessário a realização de exames complementares somente para determinar a causa da respiração oral, exemplo: testes alérgicos, nasofibroscopia e testes genéticos.
O tratamento é cirúrgico nos casos de desvio de septo, aumento de adenoides, amígdalas e medicamentoso no caso de rinite alérgica.
Caso seu filho apresente algum dos sintomas relacionados a respiração oral, comunique seu médico, pois essa afecção pode causar uma série de complicações como dificuldade de aprendizado, dificuldade de ganho de peso, hiperatividade e baixo crescimento.
Fontes: