A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é uma preocupação para muitos pais. Embora seja uma condição que geralmente apresenta evolução favorável e tende a se resolver com o tempo, requer atenção e esforço redobrado da família para evitar erros que possam colocar a criança em situações de risco ou agravar os sintomas.
Estima-se que 2 a 3% das crianças menores de 2 anos no mundo tenham APLV. Diversos fatores de risco estão associados ao seu desenvolvimento, sendo os principais a predisposição genética, o nascimento prematuro e o uso de fórmula infantil durante a maternidade.
A APLV é mais comum em crianças menores de 2 anos. Os sintomas mais frequentes incluem:
Atenção: Se seu filho apresentar manchas no corpo, inchaço nos lábios ou dificuldade para respirar logo após a ingestão de leite, é essencial buscar atendimento médico emergencial. Esses sintomas podem indicar anafilaxia, uma forma grave e potencialmente fatal da alergia.
Não, o diagnóstico é baseado na história clínica e no exame físico. Para confirmação, pode-se realizar um teste de exclusão e provocação oral.
O exame mais comumente utilizado é o de IgE, mas este tem pouco valor na prática, pois a APLV pode não ser mediada por esse anticorpo. Um resultado negativo não exclui a possibilidade de alergia. Em casos graves que evoluem para anafilaxia, a realização desse exame é importante para o acompanhamento da tolerância e a possível dessensibilização oral.
O aleitamento materno exclusivo é, sem dúvida, o fator de proteção mais importante. Outras recomendações, como o uso de probióticos e leite hidrolisado em recém-nascidos de risco, estão em estudo, mas nenhuma possui comprovação científica robusta até o momento.
Sim, se a mãe consumir leite e derivados, a criança pode ser sensibilizada, pois as proteínas do leite podem passar para o leite materno.
O tratamento consiste em excluir o leite e derivados na dieta da mãe se estiver em aleitamento materno exclusivo. Para crianças que não estão sendo amamentadas, recomenda-se o uso de fórmulas extensivamente hidrolisadas.
A evolução natural da doença é a melhora gradual dos sintomas e a criação de tolerância, geralmente por volta dos 2 anos de idade. Alguns pacientes com sintomas mais graves podem apresentar reações até os 8 anos, embora não seja comum ultrapassar essa idade.