Seu filho acabou de nascer e, ao chegar em casa, você percebe uma secreção nos olhos dele. Preocupado, você o leva ao pediatra.
Após a avaliação, o diagnóstico é de obstrução do ducto nasolacrimal.
O que é essa condição?
A obstrução do ducto nasolacrimal afeta de 2 a 3% dos recém-nascidos. Trata-se da persistência de uma membrana nos ductos que drenam as lágrimas, localizados no canto dos olhos. Geralmente, a obstrução ocorre na parte inferior desses ductos, o que leva ao acúmulo de lágrimas e secreção ocular, que tem uma coloração amarelo-clara, especialmente ao acordar.
Como tratar?
O tratamento inicial consiste em realizar massagens no ducto lacrimal, aplicando pressão com o dedo indicador, em direção ao nariz. Essa técnica, chamada Manobra de Crigler, ajuda a desobstruir o ducto. A manobra pode ser feita várias vezes ao dia. Também pode ser recomendado o uso de colírios lubrificantes até que os sintomas desapareçam.
Se a obstrução não for resolvida espontaneamente até os 6 meses, é importante consultar um oftalmologista para avaliar a necessidade de um procedimento de desobstrução mecânica.
O que devo observar?
Se o seu filho apresentar inchaço, vermelhidão e aumento da secreção, com a presença de pus, pode ser um sinal de dacriocistite, uma infecção bacteriana secundária. Nesse caso, é fundamental agendar uma consulta com o pediatra para avaliar a situação e decidir o tratamento adequado.
Fontes:
https://sbop.com.br/paciente/doenca/obstrucao-do-ducto-lacrimonasal-nasolacrimal/