A Doença Mão-Pé-Boca é uma infecção viral comum, especialmente em crianças pequenas. Causada principalmente por enterovírus, como o cox­sackievirus, essa doença é altamente contagiosa e pode se espalhar rapidamente em ambientes como creches, escolas e outros locais com grande concentração de crianças. 

Causas e Transmissão da Doença Mão-Pé-Boca 

A principal causa da doença mão-pé-boca são os enterovírus, com destaque para o cox­sackievirus, que é o responsável pela maioria dos casos. A transmissão ocorre através do contato direto com secreções respiratórias (como saliva e secreção nasal) e fezes de uma pessoa infectada. Devido à forma como o vírus é transmitido, é muito comum o surgimento de surtos em lugares como creches, escolas e outros ambientes de convivência coletiva. 

Sintomas da Doença Mão-Pé-Boca 

Os principais sintomas da doença mão-pé-boca incluem: 

  • Febre baixa 

  • Dor de garganta 

  • Manchas vermelhas no corpo 

  • Lesões circulares ou puntiformes nas mãos, pés, nádegas e joelhos, que podem causar dor ou coceira 

  • Aftas orais (lesões doloridas na boca) 

  • Diarreia 

  • Vômitos 

  • Secreção nasal 

É importante observar que, embora esses sintomas sejam típicos, nem todas as crianças apresentarão todos eles. A evolução pode variar, mas geralmente os sintomas desaparecem em um período de 7 a 10 dias. 

Diagnóstico da Doença Mão-Pé-Boca 

O diagnóstico da doença mão-pé-boca é clínico, feito por meio de um exame físico detalhado e avaliação da história médica da criança. Não são necessários exames laboratoriais para confirmar a infecção. No entanto, é importante que os pais ou responsáveis fiquem atentos aos sinais e busquem orientação médica caso surjam complicações. 

Tratamento e Cuidados para a Doença Mão-Pé-Boca 

Embora não exista um tratamento específico para a doença, o tratamento baseia-se em medidas de alívio dos sintomas: 

  • Anti-inflamatórios e analgésicos para controlar a dor e a febre 

  • Hidratação adequada, especialmente se houver sintomas de diarreia e vômitos 

  • Colutórios orais para aliviar as aftas bucais (sob orientação médica) 

Antibióticos não são recomendados, pois a doença é causada por um vírus e não por bactérias, e o uso indiscriminado de antibióticos não ajuda na recuperação nem impede a transmissão. 

Complicações da Doença Mão-Pé-Boca 

A maioria das crianças se recupera sem complicações, mas alguns casos podem evoluir para complicações mais graves. As complicações mais comuns incluem: 

  • Desidratação, devido à dor ao engolir e dificuldades alimentares 

  • Descamação da pele nas mãos e pés (que pode ocorrer até 30 dias após a infecção) 

  • Em casos raros, a doença mão-pé-boca pode evoluir para uma forma mais grave, causando meningite asséptica, que exige atenção médica imediata. 

Prevenção e Isolamento 

A prevenção da doença mão-pé-boca é focada em medidas de higiene rigorosas: 

  • Lavar as mãos com frequência, especialmente após o uso do banheiro e antes das refeições 

  • Evitar o contato com pessoas infectadas, principalmente em ambientes coletivos 

  • Desinfetar objetos e superfícies compartilhadas, como brinquedos, mesas e cadeirinhas 

Os pacientes devem permanecer isolados de outras crianças até 7 dias após o início dos sintomas para evitar a propagação do vírus. 

Quando Procurar um Médico? 

Embora a doença geralmente se resolva em 7 a 10 dias, é importante procurar um médico caso a criança apresente sintomas graves, como febre alta, dificuldade para respirar ou sinais de desidratação, como boca seca e diminuição da produção de urina. 

Conclusão 

A doença mão-pé-boca é uma condição comum, mas com os cuidados adequados, ela tende a evoluir de forma benigna. Ao observar os sintomas, manter a higiene em dia e garantir hidratação, é possível minimizar os desconfortos e evitar a propagação do vírus. Se houver qualquer dúvida ou complicação, consulte sempre um pediatra para obter o melhor acompanhamento para a saúde do seu filho. 

 

Fontes:

 

https://soperj.com.br/doenca-mao-pe-boca/  

Dr. Túlio Alonso João – Pediatra, Especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria – RQE: 85275. 
Atendimentos em Botafogo e Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.