A melatonina é um hormônio produzido pela glândula pineal, e sua produção está intimamente ligada à exposição solar. Porém, muitos pais se perguntam: “Será que meu filho precisa tomar melatonina?”
Antes de responder, é importante entender que, embora a melatonina seja um hormônio e seu uso não precise de receita médica, existem muitos casos de intoxicação por melatonina, especialmente nos Estados Unidos. A maioria desses casos ocorre devido ao uso indevido por adultos com ingestão acidental pelas crianças, mas isso não significa que a melatonina para crianças seja segura sem orientação profissional. Como qualquer medicamento, o uso excessivo ou inadequado pode causar danos à saúde da criança.
A melatonina é usada principalmente para ajudar no tratamento de distúrbios do sono. Ela facilita a indução do sono, ajudando crianças que têm dificuldade em adormecer. Em média, a melatonina pode antecipar o início do sono em 30 a 40 minutos e prolongá-lo por mais cerca de 60 minutos. Porém, é importante notar que a melatonina não resolve problemas como os despertares noturnos. Ou seja, ela não é indicada para crianças que acordam durante a noite, por exemplo.
Como qualquer medicamento, a melatonina pode causar efeitos colaterais. Os mais comuns incluem dor de cabeça, tontura, diarreia e sonolência excessiva. Por isso, é essencial que o uso de melatonina seja monitorado por um médico, especialmente em crianças.
O uso de melatonina para crianças deve ser restrito a casos específicos, como:
Nestes casos, a melatonina pode ser uma ferramenta eficaz para regular o sono, mas sempre sob a orientação de um profissional de saúde.
Infelizmente, muitas famílias recorrem à melatonina sem a devida orientação médica, muitas vezes seguindo recomendações incorretas. A melatonina não deve ser usada indiscriminadamente, especialmente quando os distúrbios do sono estão relacionados a hábitos inadequados, como o uso excessivo de telas antes de dormir.
A maioria dos problemas de sono em crianças pode ser tratada com abordagens comportamentais, ajustes na rotina e hábitos de sono. Por isso, é essencial que os pais busquem orientação de um profissional de saúde qualificado, que, após avaliar o histórico da criança, os padrões de sono, alimentação e atividades diárias, possa oferecer a melhor solução para o problema.