A dengue é uma doença grave transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. No Brasil, em 2010, foram registrados cerca de 1 milhão de casos e 3 mil mortes devido à dengue, o que a torna um dos maiores problemas de saúde pública do país. Além das vítimas fatais, a dengue sobrecarrega o Sistema Único de Saúde (SUS), devido ao elevado número de internações e ao acompanhamento dos casos graves que deixam sequelas. No ano de 2025 um subtipo que não é comum em nosso território preocupa a saúde pública, o subtipo DEN 3.
A dengue é transmitida por meio da picada do mosquito Aedes Aegypti, infectado pelo vírus da doença. O mosquito pica uma pessoa infectada e depois transmite o vírus a outros seres humanos.
Após a picada do mosquito, os primeiros sintomas da dengue podem surgir entre 7 a 14 dias, período conhecido como incubação viral.
Os sintomas podem variar, indo de formas assintomáticas até casos graves. Os mais comuns incluem:
Nos bebês, os sintomas podem ser mais sutis, como diarreia, prostração intensa ou febre isolada. É importante que os pediatras mantenham uma alta suspeita de dengue, principalmente durante os períodos sazonais, que variam conforme cada estado.
Fique atento aos sinais de agravamento da doença, como:
O período crítico da dengue ocorre entre o 3° e 7° dia da doença, após a diminuição da febre. Nesse período, a doença pode piorar, por isso é essencial o acompanhamento médico.
Sim, existem quatro subtipos do vírus da dengue (DEN-1, DEN-2, DEN-3, DEN-4), sendo os mais comuns no Brasil os subtipos DEN-1 e DEN-2. Após uma infecção, a pessoa fica protegida por aproximadamente 6 meses contra todos os subtipos, mas pode contrair a doença novamente em até 4 episódios ao longo da vida.
Sim, nas reinfecções com um subtipo diferente, a dengue pode ser mais grave devido à resposta imunológica exacerbada, o que aumenta o risco de complicações, como a forma hemorrágica.
Em 2025, houve um aumento significativo nos casos do subtipo DEN-3, o que pode resultar em um novo surto de dengue grave. Além disso, bebês cujas mães tiveram dengue durante a gravidez podem apresentar formas graves da doença já no primeiro episódio.
O diagnóstico da dengue é confirmado por meio de exames laboratoriais específicos.
O tratamento da dengue é feito com:
O uso de anti-inflamatórios não é recomendado, pois pode agravar os casos hemorrágicos. Em casos moderados, é fundamental o monitoramento diário de plaquetas e hematócrito.
Nos casos leves, os sintomas da dengue duram em média de 7 a 14 dias.
A prevenção é a melhor forma de combater a dengue. Atualmente, ela se baseia em dois pilares: vacinação e uso de repelentes.
Vacina contra a dengue: A vacina QDENGA está aprovada para crianças acima de 4 anos. Ela é administrada em duas doses com intervalo de 3 meses e protege contra todos os subtipos do vírus. Pessoas imunossuprimidas, gestantes e mulheres que amamentam não devem tomar a vacina.
Repelentes: O uso de repelentes à base de Icaridina oferece proteção mais duradoura contra o mosquito Aedes Aegypti. É essencial aplicar repelente especialmente nos períodos de maior atividade do mosquito, que ocorre das 07:30 às 09:00 e das 16:30 às 19:00.
Em 2025, espera-se um aumento significativo no número de casos de dengue, especialmente devido ao subtipo DEN-3. Por isso, é fundamental que a população se vacine e use repelentes para proteger a si mesma e seus filhos.
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Dr. Túlio Alonso João – Pediatra, Especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria – RQE: 85275.
Atendimentos em Botafogo e Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.