A micose de praia, também conhecida como pitiríase versicolor, é uma infecção fúngica superficial comum, especialmente em regiões de clima tropical e subtropical. Estima-se que afete entre 2% a 8% da população mundial, sendo mais frequente em adolescentes e adultos jovens. A condição é prevalente em áreas com alta umidade e temperaturas elevadas, favorecendo o crescimento do fungo responsável pela doença. 

Causa 

A micose de praia é causada por um grupo de fungos leveduriformes do gênero Malassezia, especialmente pela espécie Malassezia furfur. Este fungo faz parte da flora cutânea normal, mas pode se tornar patogênico sob determinadas condições, como excesso de oleosidade da pele, transpiração intensa e alterações imunológicas. 

A Malassezia furfur, que normalmente habita a superfície da pele sem causar problemas, pode se proliferar excessivamente em condições favoráveis. Esse crescimento excessivo resulta na produção de ácidos graxos que interferem na pigmentação normal da pele, causando manchas que podem ser mais claras ou mais escuras que a pele ao redor. Essas alterações pigmentares são típicas da micose de praia. 

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da micose de praia é geralmente clínico, com base na aparência característica das manchas cutâneas. As lesões costumam ser descritas como máculas hipopigmentadas ou hiperpigmentadas, com bordas bem definidas e leve descamação. Em casos duvidosos, o dermatologista pode realizar exames complementares, como o exame micológico direto, usando hidróxido de potássio (KOH), ou o exame com lâmpada de Wood, que revela uma fluorescência amarelo-dourada típica das lesões.

(Fontes:https://aps-repo.bvs.br/aps/como-manejar-casos-de-pitiriase-versicolor-com-ma-resposta-ao-tratamento-clinico/)

Tratamento 

O tratamento da micose de praia envolve o uso de medicamentos antifúngicos tópicos e, em casos mais graves, oral.É fundamental seguir as orientações médicas corretamente para garantir a eficácia do tratamento e prevenir recidivas. 

Prevenção 

A prevenção da micose de praia envolve medidas simples de higiene e cuidados com a pele. Recomenda-se manter a pele limpa e seca, evitar o uso excessivo de produtos oleosos e controlar a sudorese. Em pessoas propensas a recidivas, pode ser indicado o uso periódico de xampus antifúngicos. Além disso, é importante evitar compartilhar itens pessoais, como toalhas e roupas, para reduzir o risco de transmissão. 

Consulte um pediatra e retire suas dúvidas, o verão chegou e temos que cuidar da nossa pele e evitar o uso de medicamentos desnecessariamente.

Dr. Túlio Alonso João – Pediatra, Especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria – RQE: 85275. 

Atendimentos em Botafogo e Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.

Fontes:

https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/infeccoes-fungicas-superficiais-sao-descritas-em-novo-documento-da-sbp/

https://aps-repo.bvs.br/aps/qual-o-tratamento-de-pitiriase-versicolor/

 https://www.sbd.org.br/doencas/pitiriase-versicolor-pano-branco/