Nos últimos anos, o Brasil avançou significativamente em seus índices sanitários. Desde 2016, o país deixou de ser classificado como área de risco para doenças infecciosas transmitidas pelo solo, como a helmintíase. Por isso, conforme os protocolos da Organização Mundial da Saúde (OMS), o tratamento preventivo anual de toda a população não é mais indicado.
Quem deve fazer o rastreio para verminose na infância?
Embora o exame de fezes não seja obrigatório para todas as crianças, alguns grupos devem ser monitorados com mais atenção:
– Populações de risco: crianças que vivem em áreas ribeirinhas, indígenas ou com baixo acesso ao saneamento básico.
– Crianças com sintomas sugestivos de verminose.
Principais sintomas da verminose infantil
Os sinais de infecção parasitária intestinal podem variar, mas os mais comuns incluem:
🔹 Dor abdominal persistente
🔹 barriga inchada e excesso de gases
🔹 dificuldade para ganhar peso ou perda de peso inexplicável
🔹 anemia persistente
🔹 deficiência de vitaminas e minerais, mesmo com alimentação adequada
🔹 coceira anal, principalmente à noite
🔹 irritabilidade e insônia
🔹 náuseas ou vômitos frequentes
Como é feito o diagnóstico?
O principal exame para diagnosticar a verminose na infância é o parasitológico de fezes, sendo recomendado coletar três amostras em dias alternados para aumentar a precisão do resultado.
Existem também testes mais avançados, como exames moleculares e sorológicos, mas esses costumam ter um custo elevado e, na maioria dos casos, não trazem grande vantagem em relação ao exame de fezes tradicional.
Qual é o tratamento para verminose infantil?
O tratamento é feito com antiparasitários, como albendazol ou nitazoxanida. A nitazoxanida tem a vantagem de abranger um maior número de parasitas e exigir um tempo de tratamento mais curto.
É fundamental repetir a medicação após 10 a 14 dias para evitar a reinfecção causada pela eclosão dos ovos dos vermes.
A verminose na infância já foi um problema grave de saúde pública no brasil, mas a melhoria das condições sanitárias reduziu significativamente sua incidência.
Por isso, exames de fezes não são solicitados de rotina para todas as crianças. Se o pediatra do seu filho não pediu o exame, não se preocupe! Isso pode indicar que ele não considera seu filho pertencente ao grupo de risco ou que não há sinais evidentes de infecção parasitária.
Caso tenha dúvidas, converse com o médico e acompanhe qualquer sintoma suspeito para garantir a saúde do seu pequeno!
Fontes:
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/22207d-GPA_-_Parasitoses_intestinais_-_diagnostico_e_tratamento.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_crescimento_desenvolvimento.pdf