Garantir a segurança das crianças no carro é uma das principais responsabilidades dos pais e responsáveis. O uso correto de cadeirinhas pode reduzir em até 70% o risco de morte e lesões graves em acidentes de trânsito, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Além disso, a prática é regulamentada pela Associação Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e faz parte do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Neste artigo, você vai aprender qual tipo de cadeirinha usar, de acordo com idade, peso e altura, além das orientações sobre posicionamento no carro.
Acidentes de trânsito são uma das principais causas de morte na infância. O corpo da criança é mais frágil e, em uma colisão, mesmo em baixa velocidade, os riscos de trauma grave aumentam muito se ela não estiver devidamente presa.
O uso da cadeirinha, além de obrigatório, é uma medida simples que pode salvar vidas.
A escolha do dispositivo deve respeitar três fatores: idade, peso e altura da criança. Veja as recomendações:
Indicação: até 1 ano, ou até 13 kg.
Instalação: sempre de costas para o movimento (rear facing).
Local ideal: banco traseiro, preferencialmente no assento central, preso com cinto de 3 pontos ou sistema ISOFIX.
Indicação: de 1 a 4 anos, entre 9 e 18 kg.
Instalação: voltada para frente, com cinto de 5 pontos bem ajustado.
Local ideal: banco traseiro.
Indicação: de 4 a 7 anos e meio, entre 15 e 25 kg.
Função: posiciona corretamente o cinto de segurança do veículo sobre o ombro e quadril da criança.
Local ideal: banco traseiro.
Indicação: de 7 anos e meio até 10 anos, entre 22 e 36 kg, ou até atingir 1,45 m de altura.
Função: garante que o cinto passe no ponto certo, sem pressionar pescoço ou abdômen.
Local ideal: banco traseiro.
Indicação: apenas para maiores de 10 anos e altura mínima de 1,45 m.
Atenção: antes disso, o assento de elevação continua sendo necessário.
Sempre no banco traseiro: até os 10 anos.
Assento central traseiro: é o mais seguro, desde que tenha cinto de 3 pontos.
Airbags: nunca usar bebê-conforto no banco dianteiro com airbag ativo.
Verifique se a cadeirinha está bem presa, sem folgas.
Ajuste os cintos próximos ao corpo, evitando roupas volumosas.
Sempre siga as instruções do fabricante do dispositivo.
Troque a cadeirinha após um acidente, mesmo que não aparente danos
Dr. Túlio Alonso João – Pediatra, Especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria – RQE: 85275. Consultas – Praia do Flamengo, 66, Sala 808, Bloco B, Flamengo, Rio de Janeiro.