A conjuntivite alérgica é uma condição ocular caracterizada pela inflamação da conjuntiva, a membrana transparente que reveste a parte branca dos olhos e o interior das pálpebras, desencadeada por uma reação imunológica a agentes alérgenos. Trata-se de uma doença frequente em todas as faixas etárias, especialmente em crianças e adolescentes, sendo uma das principais causas de consulta oftalmológica relacionadas a alergias. 

Causas 

Os principais fatores desencadeantes da conjuntivite alérgica incluem exposição a pólen, poeira domiciliar, ácaros, pelos de animais, fungos, cosméticos e alguns medicamentos tópicos. O contato direto com o alérgeno ativa uma resposta imunológica exacerbada, levando à liberação de histamina e outras substâncias inflamatórias responsáveis pelos sintomas oculares. 

Quais sintomas? 

  • Coceira intensa nos olhos (prurido ocular) 
  • Lacrimejamento excessivo 
  • Olhos vermelhos (hiperemia conjuntival) 
  • Inchaço das pálpebras 
  • Sensação de areia ou corpo estranho nos olhos 
  • Fotofobia (sensibilidade à luz) 
  • Secreção mucosa clara 

Esses sintomas costumam ocorrer de forma bilateral e podem se agravar durante períodos de maior exposição a alérgenos, como na primavera ou em ambientes fechados com grande presença de poeira. 

Como fazer o diagnóstico? 

O diagnóstico da conjuntivite alérgica é principalmente clínico, baseado na história de exposição a alérgenos e nos sintomas descritos. O exame oftalmológico revela sinais característicos, como hiperemia conjuntival e edema palpebral. Em casos persistentes ou graves, pode ser necessário realizar testes alérgicos (como testes cutâneos) para identificar os agentes desencadeantes específicos. Quais tratamentos? 

  • Evitar exposição aos alérgenos: medidas ambientais como limpeza frequente do ambiente, evitar tapetes, cortinas e bichos de pelúcia, além de manter janelas fechadas durante épocas de maior incidência de pólen. 
  • Uso de colírios antialérgicos: Anti-histamínicos e estabilizadores de mastócitos são indicados para alívio dos sintomas. 
  • Colírios lubrificantes: auxiliam na diluição dos alérgenos e proporcionam alívio sintomático. 
  • Corticosteroides tópicos: reservados para casos graves ou não responsivos ao tratamento inicial, sempre sob acompanhamento médico rigoroso devido ao risco de efeitos colaterais. 
  • Medidas gerais: compressas frias nos olhos, evitar coçar ou esfregar as pálpebras e lavar as mãos frequentemente. 

Acompanhamento 

O acompanhamento médico é fundamental para garantir o controle eficaz da conjuntivite alérgica, prevenir complicações e ajustar o tratamento conforme a resposta clínica. Crianças e indivíduos com histórico de alergias respiratórias, como rinite ou asma, devem ser monitorados de perto, pois há maior risco de recorrência e associação com outras manifestações alérgicas. 

Em caso de sintomas persistentes, agravamento ou comprometimento da visão, é essencial procurar orientação de profissionais especializados para diagnóstico preciso e conduta adequada. 

Fontes:

https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/04/882604/conjuntivites.pdf

https://asbai.org.br/conheca-as-dicas-para-o-controle-da-conjuntivite-alergica/

https://sbop.com.br/medico/consensos/diretrizes-acerca-do-acompanhamento-e-tratamento-da-conjuntivite-alergica/

https://sbop.com.br/paciente/doenca/conjuntivite-alergica/,

Dr. Túlio Alonso João – Pediatra, Especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria – RQE: 85275.   Consultas – Praia do Flamengo, 66, Sala 808, Bloco B, Flamengo, Rio de Janeiro.