Esse tipo de convulsão é benigno na maioria dos casos e não está associado à epilepsia ou a danos cerebrais na grande maioria das crianças.
Como identificar uma convulsão febril
Durante uma convulsão febril, a criança pode:
Apresentar rigidez muscular ou movimentos involuntários dos braços e pernas;
Virar os olhos para cima ou ficar inconsciente por alguns segundos ou minutos;
Ter salivação excessiva ou morder a língua;
Em geral, o episódio dura menos de 5 minutos e a criança costuma se recuperar completamente.
Manter a calma e colocar a criança de lado, em local seguro, para evitar quedas;
Afrouxar roupas apertadas e não colocar nada na boca da criança;
Anotar o tempo de duração da crise;
Procurar atendimento médico imediatamente, especialmente se:
A convulsão durar mais de 5 minutos;
A criança estiver com rigidez prolongada, dificuldade para respirar ou não recuperar a consciência.
A convulsão febril simples geralmente não exige tratamento contínuo com medicamentos anticonvulsivantes.
O pediatra pode orientar o uso de antitérmicos apenas para o conforto da criança, mas não há evidências de que eles previnam novas crises.
A avaliação médica é importante para identificar a causa da febre e descartar outras doenças.
Em casos recorrentes, o pediatra pode indicar acompanhamento neurológico.
Aproximadamente 30% das crianças que têm uma convulsão febril poderão apresentar um novo episódio, mas a maioria não desenvolverá epilepsia nem terá sequelas neurológicas.
Com orientação adequada, os pais podem lidar com a situação de forma mais tranquila e segura.
Fontes:
https://residenciapediatrica.com.br/detalhes/336/crise%20febril%20na%20infancia-%20uma%20revisao%20dos%20principais%20conceitos
https://publications.aap.org/pediatrics/article/127/2/389/65189/Febrile-Seizures-Guideline-for-the-Neurodiagnostic
Dr. Túlio Alonso João – Pediatra, Especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria – RQE: 85275. Atendimentos – Praia do Flamengo, 66, Sala 808, Bloco B, Flamengo, Rio de Janeiro.