As canetas emagrecedoras como Ozempic (semaglutida) ou Monjauro( tirzepatida) são medicamentos utilizados no tratamento de diabetes tipo 2 e, mais recentemente, tem sido utilizado para auxiliar na perda de peso. Ele age como um agonista do GLP-1, um hormônio que ajuda a regular os níveis de açúcar no sangue, diminuindo a fome e promovendo a saciedade. No entanto, o uso de Ozempic durante a amamentação requer cautela, e a orientação médica é essencial.
1. Possível transferência para o leite materno
O analogos do GLP-1 podem ser excretado no leite materno. Embora os estudos específicos sobre a semaglutida em mulheres lactantes ainda sejam limitados, a recomendação geral é que o uso de medicamentos que possam ser transferidos para o leite seja evitado, a menos que os benefícios superem os riscos. A semaglutida é uma molécula grande e, portanto, é improvável que seja transmitida em grandes quantidades para o leite, mas a falta de estudos definitivos cria incertezas quanto à segurança.
2. Efeitos no bebê
Em estudos realizados com animais, observou-se que drogas semelhantes à semaglutida podem afetar o desenvolvimento fetal e neonatal. Os efeitos sobre a saúde do bebê em amamentação não são totalmente conhecidos, mas existe o risco de interferir no crescimento e desenvolvimento infantil, já que esses medicamentos podem afetar o metabolismo do bebê ou causar distúrbios gastrointestinais.
3. Risco de hipoglicemia
O Ozempic pode afetar a regulação da glicose em lactantes com diabetes tipo 2, e ainda pode interferir no metabolismo de glicose tanto da mãe quanto do bebê. Em um cenário onde a mãe possa experimentar efeitos de hipoglicemia (queda de glicose), isso também pode potencialmente afetar a amamentação e o equilíbrio nutricional do bebê.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras entidades de saúde como a American Diabetes Association (ADA) também indicam que a amamentação é uma prioridade, e que as mães que estão usando medicamentos para controle de diabetes ou obesidade devem discutir as opções com seu médico para garantir que o tratamento seja seguro tanto para a mãe quanto para o bebê.
Para mães com diabetes tipo 2 que precisam de tratamento, existem alternativas mais seguras para o controle glicêmico durante a amamentação. O uso de insulina, por exemplo, é geralmente considerado seguro, pois não é excretada no leite em quantidades significativas. Além disso, medicamentos orais como metformina têm um perfil de segurança bem estabelecido na amamentação, sendo frequentemente a opção preferida.