Os tiques são condições neurológicas que se manifestam principalmente na infância e adolescência, caracterizadas por movimentos ou sons involuntários e repetitivos chamados de “tiques”. Embora possam causar preocupação nas famílias, é importante lembrar que, geralmente, esses sintomas melhoram com o tempo e podem ser tratados.
Os tiques afetam principalmente crianças e adolescentes, com maior frequência entre os 5 e 15 anos. Estima-se que cerca de 1 em cada 100 crianças possam apresentar algum tipo de tique durante a infância. Os tiques são mais comuns em meninos do que em meninas. Em muitos casos, os sintomas diminuem ou desaparecem na adolescência, mas em alguns casos podem persistir até a vida adulta.
Causas
Ainda não se sabe exatamente o que causa, mas estudos indicam que vários fatores podem estar envolvidos:
Quais são os sintomas?
Os sintomas do TIC podem variar bastante de pessoa para pessoa. Os tiques são classificados em dois tipos principais:
A intensidade dos tiques pode mudar ao longo do dia, sendo geralmente mais frequente em situações de estresse, cansaço ou ansiedade. Vale lembrar que, embora possam ser incômodos, os tiques não são perigosos e, em muitos casos, tendem a diminuir com o tempo.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico do TIC é feito principalmente por meio da avaliação clínica realizada por médicos neurologistas, psiquiatras ou pediatras. Geralmente, não são necessários exames laboratoriais ou de imagem, exceto se seja preciso descartar outras condições. Os profissionais vão observar a frequência, intensidade e tipo dos tiques, além de conversar com a família sobre o histórico do paciente. Em alguns casos, pode ser útil o acompanhamento de psicólogos para entender o impacto emocional e social dos tiques.
Como tratar?
O tratamento dos Transtornos de Tiques varia conforme a intensidade dos sintomas e o impacto na vida da criança ou adolescente. Entre as opções, destacam-se:
Além disso, é importante incentivar atividades que ajudem no bem-estar emocional, como esportes, brincadeiras e momentos de lazer.
O tique pode ser desafiador, mas com acompanhamento adequado, compreensão e apoio, as perspectivas de melhora são ótimas. Procurar ajuda especializada, manter o diálogo aberto e apoiar a criança ou adolescente são atitudes essenciais para garantir qualidade de vida e desenvolvimento saudável. Lembre-se: a informação é o primeiro passo para cuidar bem de quem você ama!
Fontes:
https://publications.aap.org/pediatricsinreview/article-abstract/45/2/85/196473/Tourette-Syndrome-and-Tic-Disorders?redirectedFrom=fulltext
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC7255418/