Recentemente diversos jornais e redes de notícias vem divulgando o aumento de casos de Coqueluche no país, ocorrendo principalmente na região Sudeste. Nesse ano Campinas/SP e Rio de Janeiro/RJ tiveram um aumento significativo de casos, levando apreensão a muitas famílias. 

Mas porque doenças já consideras quase erradicas no Brasil tem crescido novamente? 

Este fenômeno não é particularidade do nosso País, infelizmente a hesitação vacinal é um problema de saúde mundial, com o avanço das tecnologias e os novos meios de comunicação, muita informação chega a nossas casas e familiares, porém nem sempre com qualidade e a fidedignidade merecida, basta 30 minutos em qualquer rede social e iremos nos deparar com informações caluniosas de falsos especialistas em busca de engajamento. Portanto cabe a nós médicos e especialistas alertarem a população quanto a segurança da vacinação e os benefícios que trazem para toda a população, quando uma pessoa deixa de vacinar seu filho, ele expõe a vida de outras famílias em risco.  

Como ocorre a transmissão da coqueluche? 

A transmissão ocorre por contato direto com as gotículas contendo a bactéria Bordetella Pertussis que podem ficar dispersas por horas no mesmo ambiente após a tosse ou espirro de um indivíduo infectado. Essas características fazem a coqueluche ser altamente contagiosa. 

Quais os sintomas? 

Os sintomas da coqueluche variam de acordo com a idade, nas crianças menores de 2 anos é comum a apresentação de febre baixa, coriza e tosse persistente e irritativa associada a respiração profunda ou vômitos, alguns bebês menores de 6 meses podem apresentar breves períodos de pausa respiratória(apnéia), sendo esse um sintoma de gravidade. 

Crianças maiores e adultos jovens apresentam apenas febre baixa, mal-estar e tosse persistente com duração de até seis semanas. 

Tem tratamento? 

O tratamento é realizado com antibióticos e suporte respiratório em ambiente hospitalar para os casos graves. Sendo importante a avaliação médica para determinar se o tratamento deve ser feito em regime domiciliar ou hospitalar. 

O que pode ocorrer se meu filho contrair a doença?

A maioria dos casos evolui com melhora progressiva em semanas sem a necessidade de internação, o grupo de risco para pior evolução são os menores de 2 anos que podem apresentar insuficiência respiratória devido a pneumonia, convulsão devido a falta de oxigênio durante crise de tosse e raramente fratura de costelas.

Como prevenir? 

A prevenção é feita durante a gravidez do bebê com o uso da vacina DTPa conferida a todas as gestantes após a 20° semana de vida, essa proteção costuma durar cerca de 6 a 10 meses para o recém-nascido. Além da prevenção na gestação é recomendada as vacinas Pentavalente com 2, 4 e 6 meses e reforço com DTP aos 15 meses e 4 anos.  

Consulte um pediatra caso seu filho apresente qualquer sintoma relacionado a coqueluche, apesar da maioria dos casos ter boa evolução, ela ainda é uma doença grave e que causa um número significativo de mortes na população infantil. 

https://www.sbp.com.br/especiais/hesitacaovacinal

https://rsp.fsp.usp.br/artigo/qual-a-importancia-da-hesitacao-vacinal-na-queda-das-coberturas-vacinais-no-brasil

https://sbim.org.br/noticias/1851-sbim-e-sbp-discutem-fenomeno-da-hesitacao-vacinal-sob-o-ponto-de-vista-da-filosofia

https://www.spsp.org.br/site/asp/recomendacoes/Rec_71_Infecto.pdf

https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/coqueluche

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