O que é essa mancha vermelha na cabeça do meu filho?

A mancha salmão é a alteração vascular mais comum nos recém-nascidos, ocorrendo em 50 a 70% dos bebês brancos, predominando nas regiões da nuca, testa e pálpebras.

A mancha é vermelho claro ou levemente arroxeada e não possui relevo, sua regressão espontânea ocorre até o terceiro ano de vida.

É importante que o médico diferencie a mancha salmão ou nevu simplex de outras duas entidades que costumam afetar a pele do bebê: hemangioma e mancha vinho do porto.

O hemangioma é o tumor vascular mais comum da infância, costuma não estar presente ao nascimento e afeta a região da face, porém pode acometer outros locais do corpo. O hemangioma é uma malformação vascular que tende a crescer com a idade atingindo seu pico entre 4 a 6 meses e involui espontaneamente até os 5 anos, podendo deixar cicatrizes ou atrofia local. Importante destacar que o hemangioma deve ser acompanhado e em alguns casos é preciso uso de medicamentos a fim de evitar complicações.

A mancha vinho de porto acomete unilateralmente a região da face, predomina sobre o curso do nervo trigêmeo, não tende a regredir espontaneamente e pode ter associação com malformações venosas no cérebro e nos olhos da criança. Importante o acompanhamento multidisciplinar caso confirmado.

Procure um pediatra e tire suas dúvidas sempre, diferenciar as manchas é essencial para saúde de seu filho.

Fonte:

https://dermnetnz.org/topics/naevus-simplex

https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/_21458c-DC_Hemangioma-nova_Classif_e_atualiz_Pediatrica.pdf

Quedas: Caiu e bateu a cabeça, o que devo fazer?

O desenvolvimento infantil é algo fascinante. Em questão de meses, seu filho já está rolando, engatinhando e, no primeiro ano, andando. O cérebro, em constante desenvolvimento nas diferentes fases da vida, propicia algo instintivo ao ser humano: a exploração do ambiente e o desafio dos limites do próprio corpo.

Na infância, é comum que as crianças subam em objetos, pulem deles, tentem se equilibrar sobre mesas e cadeiras, entrem em móveis e olhem dentro do vaso sanitário. Esses são exemplos de comportamentos típicos na primeira infância.

Já na adolescência, os esportes radicais e os “desafios” como brincadeira representam outras situações que colocam os jovens em risco de quedas e traumatismos cranianos. Além disso, o início do uso de álcool e drogas infelizmente faz parte do dia a dia de muitos adolescentes.

Cabe a nós, profissionais de saúde, orientar corretamente os pais para buscarem mitigar o risco de quedas ou traumatismos cranioencefálicos. Em cada etapa do desenvolvimento, há desafios específicos: na infância, a adaptação correta da casa para evitar acidentes é o principal objetivo; na adolescência, a orientação constante e a vigilância das atitudes são essenciais.

Meu filho caiu e agora?

Caso seu filho tenha caído a primeira atitude é ligar para seu médico pediatra, caso não consiga entrar em contato deve procurar o serviço de emergência para uma avaliação. Lembrando que algumas situações exigem uma busca imediata, exemplo: queda em menores de 2 meses, queda com altura maior de 1,5 metros, perda de consciência, vômitos persistente, amnesia do fato, alteração de comportamento, sonolência ou irritabilidade.

Quando é necessário realizar tomografia?

A tomografia de crânio é indicada quando o paciente apresentar redução do nível de consciência, alteração de comportamento, fratura craniana, acidente automobilístico com feridos graves.

Destaco aqui a importância do uso criterioso da tomografia, pois não é um exame que emite uma alta quantidade de radiação acumulativa no corpo da criança pelo resto da vida.

Todo caso deve ser internado?

Não, a maioria dos casos são classificados como traumatismo craniano leve e devem permanecem em observação hospitalar por período de 2 a 4 horas, podendo ser liberado para casa com vigilância pelos pais. Os casos considerados moderados a grave como fratura de crânio ou alteração do nível de consciência são mandatórios a observação em leito de terapia intensive, pois existe o risco de piora do quadro clínico.

O recado que deixo as famílias é que medidas preventivas simples podem evitar grandes catástrofes familiares.

Fonte:
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/documentos_cientificos/19492c-GP-Trauma-Cranioencefalico.pdf
https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/guia-da-sbp-auxilia-pediatras-a-identificarem-gravidade-de-traumatismo-cranioencefalico/
https://www.spsp.org.br/site/asp/recomendacoes/Rec_70_Emergencias.pdf

 

Amamentação e suplementação

O leite materno é recomendado pela OMS durante os dois primeiros anos da criança, sem dúvida é o alimento mais completo para criança, fornecendo o aporte calórico e nutricional adequado para cada etapa do crescimento e desenvolvimento infantil. 

Devemos lembrar que o leite materno pode sofrer alterações quanto a riqueza de nutrientes caso a nutriz apresente uma dieta insuficiente ou por motivo de doença uma restrição alimentar. Felizmente, o corpo humano é perfeito, cada detalhe do nosso corpo é feito para atuar na adversidade, assim mesmo uma nutriz desnutrida pode ter uma concentração de nutrientes no leite materno próximo ao ideal para seu bebê. 

O que devo suplementar durante a amamentação? 

A suplementação para lactantes deve ser individualizada, de acordo com a história alimentar da nutriz, doenças pregressas e situação socioeconômica. Não existe uma receita para todas as mães, caso essa mãe tenha uma dieta insuficiente ou esteja em situação de risco o ideal é que ela receba ao menos: 

Ômega 3: Esse colesterol é fundamental para o desenvolvimento do cérebro do bebê, a maior deposição ocorre nos primeiros dois anos de vida, sendo essencial sua suplementação, visto que a população brasileira tem uma dieta carente nos alimentos que possuem esse colesterol, como peixes de água fria, grãos e algumas leguminosas. 

Zinco: Essencial para o sistema imunológico e crescimento da criança; 

Ferro:  Atua na produção dos glóbulos vermelhos, evitando anemia, além de auxiliar no sistema imunológico e desenvolvimento cerebral. 

Vitamina D: Relaciona-se intimamente com o depósito de cálcio nos ossos e prevenção da osteoporose na idade avançada, atuando também no sistema imune e em diversos órgãos do corpo.  

Devemos lembrar que além dos micronutrientes e vitaminas a nutriz deve receber um aporte calórico de no mínimo 1700kcal/dia podendo ser acrescido 300 a 500 kcal/dia, 70 gramas de proteína/dia e ingerir 2 a 3 litros de água por dia. Todas essas medidas auxiliam a produção de um leite materno completo para melhor desenvolvimento do bebê e evitam a desnutrição materna durante o período de amamentação. 

Fonte:

https://www.sbp.com.br

https://www.asbran.org.br

Quando levar meu filho ao oftalmologista?

A visão é um dos sentidos mais importantes do ser humano, seu desenvolvimento ocorre principalmente nos primeiros três anos de vida e é aprimorado ao longo da vida. 

Os primeiros anos são fundamentais para o desenvolvimento da visão, caso algum distúrbio ocorra durante esse momento e não seja detectado sequelas permanentes podem ocorrer. O cérebro interpreta as imagens através da retina que envia os sinais ao nervo optico, quando algo está errado e essa imagem não chega à retina, o nervo optico  acaba ficando em “desuso” ocasionando sua atrofia e perda de função a longo prazo. 

Mas quais cuidados devo tomar com meu filho? 

Os cuidados iniciais com a visão já se iniciam logo após o nascimento, antes da alta do bebê ao se realizar o teste do reflexo vermelho ou olhinho, que descarta obstrução da retina. 

Durante as consultas de seguimento é recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Oftalmologia que seja realizado o teste do olhinho ao menos três vezes ao ano até o terceiro ano da criança. Outra recomendação importante é a realização de um exame oftalmológico completo pelo Oftalmologista na idade entre 3 e 5 anos.  

Caso seu filho tenha algum fator de risco como prematuridade, infecções durante a gravidez, história de catarata, glaucoma na família ou apresente dificuldade para pegar objetos, quedas frequentes ao tropeçar em móveis, não reconhecer cores na idade apropriada, lacrimejamento e irritação ocular persistentes é indicado um exame oftalmológico completo antes dos 3 anos, pois são sintomas de doença ocular avançada. 

Fonte: 

https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/exame_crianca_5_anos.pdf

https://www.spsp.org.br/site/asp/recomendacoes/Rec81_Oftalmo.pdf

Depressão pós parto

A depressão pós parto é um distúrbio do humor que acomete 20 % das mães no Brasil, algumas mulheres são mais propensas a apresentarem os sintomas, dentre elas: pacientes com depressão diagnosticada antes da gravidez, estresse materno durante a gravidez, cesariana de urgência e ansiedade materna.  

Acredita-se que a origem da depressão tenha origem multifatorial como queda abrupta dos hormônios femininos após o parto, situação psicossocial, privação de sono, dificuldade com os cuidados do bebê e ausência de rede de apoio familiar e/ou profissional. 

Os sintomas de depressão podem iniciar logo após o nascimento do bebê e costuma durar 6 semanas ou mais. Importante diferenciar a depressão pós-parto de outra variante do humor que é o baby blues que costuma apresentar sintomas de irritabilidade, choro intercalados por alegria, motivação e satisfação, os sintomas de baby blues costuma melhorar em até 2 semanas após o parto. 

Como posso suspeitar se tenho depressão pós-parto? 

Toda mãe que apresentar sintomas como: tristeza, ansiedade, incapacidade de cuidar do filho, raiva, cansaço extremo, sensação de culpa, falta de apetite, falta de prazer nas atividades habituais com duração maior de duas semanas devem procurar atendimento médico e psicológico para suporte. 

O diagnóstico é clínico sendo feito pela história e sintomas da mãe, os exames laboratoriais são reservados para casos específicos a fim de descartar doenças da tireoide e desnutrição materna. 

O tratamento deve ser introduzido precocemente e é realizado por equipe multidisciplinar psicólogo, psiquiatra, pediatra e nutricionista. Alguns casos são necessários o uso de medicamentos antidepressivos, os quais são seguros durante a amamentação. 

Fontes: 

https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/nutricao/depressao-pos-parto

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/depressao-pos-parto

https://www.febrasgo.org.br

Síndrome do respirador oral

A síndrome do respirador oral acomete crianças entre 2 e 8 anos, coincidindo com o aumento das amígdalas e adenoides. É um problema pouco relatado pelos familiares, talvez pelo desconhecimento dos prejuízos que esse hábito pode trazer ao seu filho.

Essa via alternativa para passagem de ar pode decorrer de diversas doenças que causam a obstrução do fluxo natural do ar pelas narinas, sendo mais comum nos casos de rinite alérgica, aumento de adenoide ou “carne esponjosa”, aumento de amígdalas, desvio de septo nasal e algumas síndromes genéticas como Síndrome de Down.

Os sintomas mais comuns dessa afecção são: fala anasalada, roncos, babar em excesso durante o sono, dificuldade para alimentação, sono agitado e irritabilidade diurna. A obstrução do fluxo de ar nasal altera o padrão do sono resultando em queda da oxigenação cerebral e despertares noturnos mais frequentes, portanto é comum que esses pacientes apresentem dificuldades escolares, aumento do cortisol resultando em irritabilidade, déficit de atenção e hiperatividade, baixo ganho de peso ou déficit de crescimento.

O diagnóstico é clínico, sendo necessário a realização de exames complementares somente para determinar a causa da respiração oral, exemplo: testes alérgicos, nasofibroscopia e testes genéticos.

O tratamento é cirúrgico nos casos de desvio de septo, aumento de adenoides, amígdalas e medicamentoso no caso de rinite alérgica.

Caso seu filho apresente algum dos sintomas relacionados a respiração oral, comunique seu médico, pois essa afecção pode causar uma série de complicações como dificuldade de aprendizado, dificuldade de ganho de peso, hiperatividade e baixo crescimento.

Fontes:

https://www.sbp.com.br

https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/respiradores-bucais-tema-de-novo-podcast-da-revista-residencia-pediatrica

Dor de garganta

Essa frase é frequentemente ouvida nos prontos atendimentos pediátricos e costuma ser logo seguida por “só melhora com antibiótico doutor”.

Mas será que toda infecção de garganta é motivo para o uso de antibióticos?

A maioria das infecções de garganta na criança são de origem viral, sendo reservado apenas 20% dos casos para infecções bacterianas.

Quando se trata de crianças menores de 5 anos, principalmente menores de 3 anos as infecções por bactéria são ainda mais raras, sendo assim deve-se ter prudência na hora de prescrever ou aceitar a prescrição de antibióticos nessa faixa etária.

Nem toda placa ou exsudato nas amígdalas resultam de infecção por bactéria, placa não é sinônimo de infecção bacteriana, devemos sempre estar atentos a um conjunto de sinais e sintomas que podem sugerir uma causa viral ou bacteriana.

Sintomas como tosse, nariz escorrendo, obstrução nasal, dores no corpo são sugestivos de infecção por vírus, caso o paciente tenha dor de garganta associada a esses sintomas, provavelmente não necessitara de antibióticos.

Já uma criança com apenas febre, dor de garganta e gânglios aumentados no pescoço, apresentando placas na garganta tem uma alta probabilidade de ser uma infecção bacteriana.

Quando o médico tem dúvida referente ao diagnóstico é de bom senso a solicitação do exame chamado Strep Test que auxilia a confirmar a infecção bacteriana. Esse exame não deve ser solicitado como rotina, somente quando os sintomas se sobrepõem ou o paciente não é da faixa etária típica para infecção bacteriana.

Após confirmado o diagnóstico o tratamento é a base de anti-inflamatórios, antitérmicos e nos casos suspeitos de infecção bacteriana deve-se utilizar antibióticos.

Alerto aqui os pais quanto a cultura de pronto-socorro e o uso excessivo de antibióticos, consulte sempre seu pediatra.

Fontes:

https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/cuidados-com-a-saude/dor-de-garganta
https://www.sip-spp.pt/media/iy3l3aw2/amigdalite-2012-dgs.pdf
https://www.spsp.org.br/tag/amigdalite/

A displasia congênita do quadril é uma das principais causa de encurtamento do membro inferior e claudicação em crianças. Trata-se de uma alteração que ocorre durante o período fetal, relacionada a posição intrauterina do feto durante toda a gestação, fazendo com que o fêmur permaneça desencaixado no quadril.

O diagnóstico costuma ser feito durante a visita médica na maternidade com a realização das manobras de Ortolani e Barlow, que geram um clique no quadril, após a suspeita pelo exame físico é recomendado a realização de ultrassonografia para confirmação diagnóstica.

Algumas situações costumam aumentar o risco para essa patologia: sexo feminino, parto gemelar, posição sentada no útero, pouco líquido uterino, bebês grandes.

O tratamento é realizado com o uso da órtese de Pavlik com trocas frequentes durante período de 4 a 6 semanas.

Caso o diagnóstico não seja realizado precocemente o paciente pode apresentar claudicação, alteração de marcha, encurtamento de membro e assimetria de pregas na região glútea, quando estes estão presentes o tratamento conservador já não é mais indicado, restando como única alternativa a cirúrgica corretora.

Fontes:
http://34.238.64.22/displasia-de-desenvolvimento-do-quadril/
https://www.spsp.org.br/displasia-do-desenvolvimento-no-quadril-foi-debatido-em-encontro-com-o-especialista/

Coqueluche

Recentemente diversos jornais e redes de notícias vem divulgando o aumento de casos de Coqueluche no país, ocorrendo principalmente na região Sudeste. Nesse ano Campinas/SP e Rio de Janeiro/RJ tiveram um aumento significativo de casos, levando apreensão a muitas famílias. 

Mas porque doenças já consideras quase erradicas no Brasil tem crescido novamente? 

Este fenômeno não é particularidade do nosso País, infelizmente a hesitação vacinal é um problema de saúde mundial, com o avanço das tecnologias e os novos meios de comunicação, muita informação chega a nossas casas e familiares, porém nem sempre com qualidade e a fidedignidade merecida, basta 30 minutos em qualquer rede social e iremos nos deparar com informações caluniosas de falsos especialistas em busca de engajamento. Portanto cabe a nós médicos e especialistas alertarem a população quanto a segurança da vacinação e os benefícios que trazem para toda a população, quando uma pessoa deixa de vacinar seu filho, ele expõe a vida de outras famílias em risco.  

Como ocorre a transmissão da coqueluche? 

A transmissão ocorre por contato direto com as gotículas contendo a bactéria Bordetella Pertussis que podem ficar dispersas por horas no mesmo ambiente após a tosse ou espirro de um indivíduo infectado. Essas características fazem a coqueluche ser altamente contagiosa. 

Quais os sintomas? 

Os sintomas da coqueluche variam de acordo com a idade, nas crianças menores de 2 anos é comum a apresentação de febre baixa, coriza e tosse persistente e irritativa associada a respiração profunda ou vômitos, alguns bebês menores de 6 meses podem apresentar breves períodos de pausa respiratória(apnéia), sendo esse um sintoma de gravidade. 

Crianças maiores e adultos jovens apresentam apenas febre baixa, mal-estar e tosse persistente com duração de até seis semanas. 

Tem tratamento? 

O tratamento é realizado com antibióticos e suporte respiratório em ambiente hospitalar para os casos graves. Sendo importante a avaliação médica para determinar se o tratamento deve ser feito em regime domiciliar ou hospitalar. 

O que pode ocorrer se meu filho contrair a doença?

A maioria dos casos evolui com melhora progressiva em semanas sem a necessidade de internação, o grupo de risco para pior evolução são os menores de 2 anos que podem apresentar insuficiência respiratória devido a pneumonia, convulsão devido a falta de oxigênio durante crise de tosse e raramente fratura de costelas.

Como prevenir? 

A prevenção é feita durante a gravidez do bebê com o uso da vacina DTPa conferida a todas as gestantes após a 20° semana de vida, essa proteção costuma durar cerca de 6 a 10 meses para o recém-nascido. Além da prevenção na gestação é recomendada as vacinas Pentavalente com 2, 4 e 6 meses e reforço com DTP aos 15 meses e 4 anos.  

Consulte um pediatra caso seu filho apresente qualquer sintoma relacionado a coqueluche, apesar da maioria dos casos ter boa evolução, ela ainda é uma doença grave e que causa um número significativo de mortes na população infantil. 

https://www.sbp.com.br/especiais/hesitacaovacinal

https://rsp.fsp.usp.br/artigo/qual-a-importancia-da-hesitacao-vacinal-na-queda-das-coberturas-vacinais-no-brasil

https://sbim.org.br/noticias/1851-sbim-e-sbp-discutem-fenomeno-da-hesitacao-vacinal-sob-o-ponto-de-vista-da-filosofia

https://www.spsp.org.br/site/asp/recomendacoes/Rec_71_Infecto.pdf

https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/coqueluche

Testículo não desceu e agora?

A criptorquidia, termo médico relacionado a presença dos testículos fora da bolsa escrotal, tem incidência de 3% dos nascidos vivos, sendo mais frequente nos recém-nascidos prematuros.

Os testículos durante a vida fetal permanecem na cavidade abdominal, iniciando sua descida no 7°mês de gestação e completando sua migração no 9° mês.

Existem várias causas para ausência do testículo na bolsa escrotal, dentre elas:

Migração ectópica: o testículo acaba indo para um local inadequado durante migração.

Testículo retrátil: o testículo está presente na bolsa escrotal, mas devido a estímulos físicos acaba “subindo” para o canal inguinal ou abdômen.

Anorquia: inexistência do testículo devido a mal formação no processo fetal.

Alterações sexuais cromossômicas: ao contrário das demais formas, costuma ter ausência dos dois testículos e pode ter alterações na genitália do bebê.

A avaliação da criptorquidia deve ser multiprofissional, iniciando com o pediatra em cada consulta de rotina e caso o testículo não seja palpável na bolsa escrotal após os 6 meses o paciente deve seguir em acompanhamento conjunto com um urologista.

É de suma importância o diagnóstico precoce e tratamento, pois as evidências demonstram que o atraso na correção cirúrgica pode ocasionar alterações hormonais e risco aumentado de câncer no testículo afetado.

Fonte:

https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/criptorquidismo-o-que-o-pediatra-precisa-saber/
https://sbu-sp.org.br/publico/criptorquidia/

Dr. Túlio Alonso João – Pediatra, Especialista pela SBP/RQE:85275.