Quedas: Caiu e bateu a cabeça, o que devo fazer?

O desenvolvimento infantil é algo fascinante. Em questão de meses, seu filho já está rolando, engatinhando e, no primeiro ano, andando. O cérebro, em constante desenvolvimento nas diferentes fases da vida, propicia algo instintivo ao ser humano: a exploração do ambiente e o desafio dos limites do próprio corpo.

Na infância, é comum que as crianças subam em objetos, pulem deles, tentem se equilibrar sobre mesas e cadeiras, entrem em móveis e olhem dentro do vaso sanitário. Esses são exemplos de comportamentos típicos na primeira infância.

Já na adolescência, os esportes radicais e os “desafios” como brincadeira representam outras situações que colocam os jovens em risco de quedas e traumatismos cranianos. Além disso, o início do uso de álcool e drogas infelizmente faz parte do dia a dia de muitos adolescentes.

Cabe a nós, profissionais de saúde, orientar corretamente os pais para buscarem mitigar o risco de quedas ou traumatismos cranioencefálicos. Em cada etapa do desenvolvimento, há desafios específicos: na infância, a adaptação correta da casa para evitar acidentes é o principal objetivo; na adolescência, a orientação constante e a vigilância das atitudes são essenciais.

Meu filho caiu e agora?

Caso seu filho tenha caído a primeira atitude é ligar para seu médico pediatra, caso não consiga entrar em contato deve procurar o serviço de emergência para uma avaliação. Lembrando que algumas situações exigem uma busca imediata, exemplo: queda em menores de 2 meses, queda com altura maior de 1,5 metros, perda de consciência, vômitos persistente, amnesia do fato, alteração de comportamento, sonolência ou irritabilidade.

Quando é necessário realizar tomografia?

A tomografia de crânio é indicada quando o paciente apresentar redução do nível de consciência, alteração de comportamento, fratura craniana, acidente automobilístico com feridos graves.

Destaco aqui a importância do uso criterioso da tomografia, pois não é um exame que emite uma alta quantidade de radiação acumulativa no corpo da criança pelo resto da vida.

Todo caso deve ser internado?

Não, a maioria dos casos são classificados como traumatismo craniano leve e devem permanecem em observação hospitalar por período de 2 a 4 horas, podendo ser liberado para casa com vigilância pelos pais. Os casos considerados moderados a grave como fratura de crânio ou alteração do nível de consciência são mandatórios a observação em leito de terapia intensive, pois existe o risco de piora do quadro clínico.

O recado que deixo as famílias é que medidas preventivas simples podem evitar grandes catástrofes familiares.

Fonte:
https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/documentos_cientificos/19492c-GP-Trauma-Cranioencefalico.pdf
https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/guia-da-sbp-auxilia-pediatras-a-identificarem-gravidade-de-traumatismo-cranioencefalico/
https://www.spsp.org.br/site/asp/recomendacoes/Rec_70_Emergencias.pdf

 

Amamentação e suplementação

O leite materno é recomendado pela OMS durante os dois primeiros anos da criança, sem dúvida é o alimento mais completo para criança, fornecendo o aporte calórico e nutricional adequado para cada etapa do crescimento e desenvolvimento infantil. 

Devemos lembrar que o leite materno pode sofrer alterações quanto a riqueza de nutrientes caso a nutriz apresente uma dieta insuficiente ou por motivo de doença uma restrição alimentar. Felizmente, o corpo humano é perfeito, cada detalhe do nosso corpo é feito para atuar na adversidade, assim mesmo uma nutriz desnutrida pode ter uma concentração de nutrientes no leite materno próximo ao ideal para seu bebê. 

O que devo suplementar durante a amamentação? 

A suplementação para lactantes deve ser individualizada, de acordo com a história alimentar da nutriz, doenças pregressas e situação socioeconômica. Não existe uma receita para todas as mães, caso essa mãe tenha uma dieta insuficiente ou esteja em situação de risco o ideal é que ela receba ao menos: 

Ômega 3: Esse colesterol é fundamental para o desenvolvimento do cérebro do bebê, a maior deposição ocorre nos primeiros dois anos de vida, sendo essencial sua suplementação, visto que a população brasileira tem uma dieta carente nos alimentos que possuem esse colesterol, como peixes de água fria, grãos e algumas leguminosas. 

Zinco: Essencial para o sistema imunológico e crescimento da criança; 

Ferro:  Atua na produção dos glóbulos vermelhos, evitando anemia, além de auxiliar no sistema imunológico e desenvolvimento cerebral. 

Vitamina D: Relaciona-se intimamente com o depósito de cálcio nos ossos e prevenção da osteoporose na idade avançada, atuando também no sistema imune e em diversos órgãos do corpo.  

Devemos lembrar que além dos micronutrientes e vitaminas a nutriz deve receber um aporte calórico de no mínimo 1700kcal/dia podendo ser acrescido 300 a 500 kcal/dia, 70 gramas de proteína/dia e ingerir 2 a 3 litros de água por dia. Todas essas medidas auxiliam a produção de um leite materno completo para melhor desenvolvimento do bebê e evitam a desnutrição materna durante o período de amamentação. 

Fonte:

https://www.sbp.com.br

https://www.asbran.org.br

Quando levar meu filho ao oftalmologista?

A visão é um dos sentidos mais importantes do ser humano, seu desenvolvimento ocorre principalmente nos primeiros três anos de vida e é aprimorado ao longo da vida. 

Os primeiros anos são fundamentais para o desenvolvimento da visão, caso algum distúrbio ocorra durante esse momento e não seja detectado sequelas permanentes podem ocorrer. O cérebro interpreta as imagens através da retina que envia os sinais ao nervo optico, quando algo está errado e essa imagem não chega à retina, o nervo optico  acaba ficando em “desuso” ocasionando sua atrofia e perda de função a longo prazo. 

Mas quais cuidados devo tomar com meu filho? 

Os cuidados iniciais com a visão já se iniciam logo após o nascimento, antes da alta do bebê ao se realizar o teste do reflexo vermelho ou olhinho, que descarta obstrução da retina. 

Durante as consultas de seguimento é recomendado pela Sociedade Brasileira de Pediatria e Sociedade Brasileira de Oftalmologia que seja realizado o teste do olhinho ao menos três vezes ao ano até o terceiro ano da criança. Outra recomendação importante é a realização de um exame oftalmológico completo pelo Oftalmologista na idade entre 3 e 5 anos.  

Caso seu filho tenha algum fator de risco como prematuridade, infecções durante a gravidez, história de catarata, glaucoma na família ou apresente dificuldade para pegar objetos, quedas frequentes ao tropeçar em móveis, não reconhecer cores na idade apropriada, lacrimejamento e irritação ocular persistentes é indicado um exame oftalmológico completo antes dos 3 anos, pois são sintomas de doença ocular avançada. 

Fonte: 

https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/exame_crianca_5_anos.pdf

https://www.spsp.org.br/site/asp/recomendacoes/Rec81_Oftalmo.pdf

Depressão pós parto

A depressão pós parto é um distúrbio do humor que acomete 20 % das mães no Brasil, algumas mulheres são mais propensas a apresentarem os sintomas, dentre elas: pacientes com depressão diagnosticada antes da gravidez, estresse materno durante a gravidez, cesariana de urgência e ansiedade materna.  

Acredita-se que a origem da depressão tenha origem multifatorial como queda abrupta dos hormônios femininos após o parto, situação psicossocial, privação de sono, dificuldade com os cuidados do bebê e ausência de rede de apoio familiar e/ou profissional. 

Os sintomas de depressão podem iniciar logo após o nascimento do bebê e costuma durar 6 semanas ou mais. Importante diferenciar a depressão pós-parto de outra variante do humor que é o baby blues que costuma apresentar sintomas de irritabilidade, choro intercalados por alegria, motivação e satisfação, os sintomas de baby blues costuma melhorar em até 2 semanas após o parto. 

Como posso suspeitar se tenho depressão pós-parto? 

Toda mãe que apresentar sintomas como: tristeza, ansiedade, incapacidade de cuidar do filho, raiva, cansaço extremo, sensação de culpa, falta de apetite, falta de prazer nas atividades habituais com duração maior de duas semanas devem procurar atendimento médico e psicológico para suporte. 

O diagnóstico é clínico sendo feito pela história e sintomas da mãe, os exames laboratoriais são reservados para casos específicos a fim de descartar doenças da tireoide e desnutrição materna. 

O tratamento deve ser introduzido precocemente e é realizado por equipe multidisciplinar psicólogo, psiquiatra, pediatra e nutricionista. Alguns casos são necessários o uso de medicamentos antidepressivos, os quais são seguros durante a amamentação. 

Fontes: 

https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/nutricao/depressao-pos-parto

https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/depressao-pos-parto

https://www.febrasgo.org.br

Síndrome do respirador oral

A síndrome do respirador oral acomete crianças entre 2 e 8 anos, coincidindo com o aumento das amígdalas e adenoides. É um problema pouco relatado pelos familiares, talvez pelo desconhecimento dos prejuízos que esse hábito pode trazer ao seu filho.

Essa via alternativa para passagem de ar pode decorrer de diversas doenças que causam a obstrução do fluxo natural do ar pelas narinas, sendo mais comum nos casos de rinite alérgica, aumento de adenoide ou “carne esponjosa”, aumento de amígdalas, desvio de septo nasal e algumas síndromes genéticas como Síndrome de Down.

Os sintomas mais comuns dessa afecção são: fala anasalada, roncos, babar em excesso durante o sono, dificuldade para alimentação, sono agitado e irritabilidade diurna. A obstrução do fluxo de ar nasal altera o padrão do sono resultando em queda da oxigenação cerebral e despertares noturnos mais frequentes, portanto é comum que esses pacientes apresentem dificuldades escolares, aumento do cortisol resultando em irritabilidade, déficit de atenção e hiperatividade, baixo ganho de peso ou déficit de crescimento.

O diagnóstico é clínico, sendo necessário a realização de exames complementares somente para determinar a causa da respiração oral, exemplo: testes alérgicos, nasofibroscopia e testes genéticos.

O tratamento é cirúrgico nos casos de desvio de septo, aumento de adenoides, amígdalas e medicamentoso no caso de rinite alérgica.

Caso seu filho apresente algum dos sintomas relacionados a respiração oral, comunique seu médico, pois essa afecção pode causar uma série de complicações como dificuldade de aprendizado, dificuldade de ganho de peso, hiperatividade e baixo crescimento.

Fontes:

https://www.sbp.com.br

https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/respiradores-bucais-tema-de-novo-podcast-da-revista-residencia-pediatrica

Dor de garganta

Essa frase é frequentemente ouvida nos prontos atendimentos pediátricos e costuma ser logo seguida por “só melhora com antibiótico doutor”.

Mas será que toda infecção de garganta é motivo para o uso de antibióticos?

A maioria das infecções de garganta na criança são de origem viral, sendo reservado apenas 20% dos casos para infecções bacterianas.

Quando se trata de crianças menores de 5 anos, principalmente menores de 3 anos as infecções por bactéria são ainda mais raras, sendo assim deve-se ter prudência na hora de prescrever ou aceitar a prescrição de antibióticos nessa faixa etária.

Nem toda placa ou exsudato nas amígdalas resultam de infecção por bactéria, placa não é sinônimo de infecção bacteriana, devemos sempre estar atentos a um conjunto de sinais e sintomas que podem sugerir uma causa viral ou bacteriana.

Sintomas como tosse, nariz escorrendo, obstrução nasal, dores no corpo são sugestivos de infecção por vírus, caso o paciente tenha dor de garganta associada a esses sintomas, provavelmente não necessitara de antibióticos.

Já uma criança com apenas febre, dor de garganta e gânglios aumentados no pescoço, apresentando placas na garganta tem uma alta probabilidade de ser uma infecção bacteriana.

Quando o médico tem dúvida referente ao diagnóstico é de bom senso a solicitação do exame chamado Strep Test que auxilia a confirmar a infecção bacteriana. Esse exame não deve ser solicitado como rotina, somente quando os sintomas se sobrepõem ou o paciente não é da faixa etária típica para infecção bacteriana.

Após confirmado o diagnóstico o tratamento é a base de anti-inflamatórios, antitérmicos e nos casos suspeitos de infecção bacteriana deve-se utilizar antibióticos.

Alerto aqui os pais quanto a cultura de pronto-socorro e o uso excessivo de antibióticos, consulte sempre seu pediatra.

Fontes:

https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/cuidados-com-a-saude/dor-de-garganta
https://www.sip-spp.pt/media/iy3l3aw2/amigdalite-2012-dgs.pdf
https://www.spsp.org.br/tag/amigdalite/

A displasia congênita do quadril é uma das principais causa de encurtamento do membro inferior e claudicação em crianças. Trata-se de uma alteração que ocorre durante o período fetal, relacionada a posição intrauterina do feto durante toda a gestação, fazendo com que o fêmur permaneça desencaixado no quadril.

O diagnóstico costuma ser feito durante a visita médica na maternidade com a realização das manobras de Ortolani e Barlow, que geram um clique no quadril, após a suspeita pelo exame físico é recomendado a realização de ultrassonografia para confirmação diagnóstica.

Algumas situações costumam aumentar o risco para essa patologia: sexo feminino, parto gemelar, posição sentada no útero, pouco líquido uterino, bebês grandes.

O tratamento é realizado com o uso da órtese de Pavlik com trocas frequentes durante período de 4 a 6 semanas.

Caso o diagnóstico não seja realizado precocemente o paciente pode apresentar claudicação, alteração de marcha, encurtamento de membro e assimetria de pregas na região glútea, quando estes estão presentes o tratamento conservador já não é mais indicado, restando como única alternativa a cirúrgica corretora.

Fontes:
http://34.238.64.22/displasia-de-desenvolvimento-do-quadril/
https://www.spsp.org.br/displasia-do-desenvolvimento-no-quadril-foi-debatido-em-encontro-com-o-especialista/

Dermatite de fralda

A dermatite de fralda é uma condição comum em bebês, especialmente entre os 6 e 9 meses. Ela ocorre devido a vários fatores, incluindo a pele delicada do bebê, o contato constante com substâncias irritantes das fezes e urina, produtos químicos presentes nas fraldas e a fricção causada pelo uso da fralda durante os movimentos da criança.

Durante a troca de fraldas, é comum os cuidadores notarem uma vermelhidão intensa na pele na área de contato com a fralda. No entanto, alguns erros podem ocorrer nesse momento, como o uso inadequado de pomadas, talcos e outros produtos sem comprovação científica ou até mesmo prejudiciais à pele da criança, o que pode piorar o quadro.

O tratamento da dermatite de fraldas envolve o uso de pomadas de barreira e a melhoria nos cuidados de higiene. Além disso, medidas como vestir roupas de algodão, trocar as fraldas com mais frequência e permitir breves períodos sem fralda também são eficazes. Importante ressaltar que o uso de pomadas com corticoides e antifúngicos, como nistatina ou clotrimazol, não é necessário.

Quando não há melhora adequada com o tratamento, é importante considerar o diagnóstico diferencial com outras condições, como candidíase, dermatite seborreica e infecções bacterianas da pele. Consultar um profissional de saúde é fundamental nesses casos.

Fontes:

https://www.sbp.com.br/

https://www.sbd.org.br/assaduras-cuidado-com-as-dobrinhas

Impetigo

O impetigo é uma infecção de pele causada por bactérias, sendo as principais causadoras Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes. É a infecção de pele mais comum da infância, acometendo principalmente crianças na faixa etária de 2 a 5 anos.

Alguns fatores como calor, dermatite atópica, creche, picadas de insetos e sarna podem favorecer a recorrência.

A disseminação ocorre comumente devido à criança coçar o local e contaminar sua unha, posteriormente ela acaba coçando outros locais do corpo espalhando a bactéria. As lesões costumam ter características bem específicas como vermelhidão local, pápula ou bolha com pus, crostas de aspecto “favo de mel”.

O diagnóstico é feito através da história da doença e pelo aspecto das lesões, não sendo necessário nenhum exame específico.

O tratamento consiste na retirada das crostas com água morna e o uso antibióticos tópicos, evitando assim a disseminação e complicações graves como erisipela, celulite e glomerulonefrite.

Importante lembrar que toda criança com impetigo deve ser isolada de atividades compartilhadas com outras crianças até completar 48 horas de uso do antibiótico.

Fonte:
https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/impetigo-conheca-a-doenca-de-pele-que-pode-ser-transmitida-no-pula-pula/
https://www.sbp.com.br
https://www.sbd.org.br/doencas/impetigo/

Dr. Túlio Alonso João – Pediatra.
Especialista pela Sociedade Brasileira de Pediatria – RQE: 85275

Meu bebê tem pele ressecada, pode ser dermatite atópica?

A pele ressecada em bebês ou na criança é um sintoma comum da dermatite atópica.
Mas o que é a dermatite atópica? A dermatite atópica é uma doença alérgica da pele que costuma iniciar durante os primeiros meses de vida e tende a melhorar no início da fase pré-escolar. Em alguns casos, ela acaba persistindo por toda a vida ou recorrendo na idade adulta.
Geralmente, os pacientes têm histórico familiar de atopia na família, ou seja, os pais têm história de alguma doença alérgica como asma, rinite, bronquite, dermatite atópica e alergia alimentar.

Por que ela ocorre? A pele dos pacientes portadores de dermatite atópica não é completamente “impermeabilizada”, permitindo a perda de água pela evaporação e a sensibilização de certas substâncias ou alimentos, geralmente leite de vaca, ácaros, poeira, fezes de barata e demais alérgenos aéreos. Após o contato com essas substâncias, ocorre uma reação inflamatória que estimula a coceira, vermelhidão e espessamento da pele nos casos crônicos.

Meu filho tem? Os sintomas mais comuns são pele ressecada e espessa, coceira, vermelhidão, descamação da pele, irritabilidade e perda da qualidade do sono devido à coceira intensa. Os locais mais comuns variam: em bebês e crianças menores de 2 anos, afeta as regiões de face, pescoço, tronco, braços e pernas. Em jovens e adultos, as regiões mais comuns são cotovelos, atrás dos joelhos, pulsos e tornozelos.

Devo retirar alimentos suspeitos da dieta? A retirada de alimentos só é realizada em casos graves e como prova terapêutica. Um erro muito comum é a retirada de múltiplos alimentos, causando desnutrição ou restrição alimentar sem proporcionar melhora do quadro.

Tem cura? A dermatite atópica tem períodos de crise e acalmia, mas infelizmente não tem cura. Muitos pacientes melhoram durante a fase adulta, mas ainda podem ter algumas crises durante a vida.

Tem vacina? As vacinas ou imunoterapias realizadas para asma ou rinite alérgica não têm grande efeito na dermatite atópica, visto que ela é uma doença multifatorial.

Qual tratamento? O principal pilar do tratamento é a prevenção por meio de hidratantes específicos e cuidados com o ambiente. Durante a crise, podemos utilizar antialérgicos, corticoides em pomada ou creme e, em casos graves, imunobiológicos. O recado que deixo aos pais é que a dermatite atópica é uma doença que não tem cura, mas tem tratamento visando aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da criança

Fontes:
https://www.spsp.org.br/dermatite_atopica_ou_eczema_infantil/
https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/doencas/dermatite-atopica-que-doenca-e-esta/

Dr. Túlio Alonso João – Pediatra, Especialista pela SBP/RQE:85275.