Surto de Influenza B, o que devo saber?

O vírus Influenza tem sido monitorado desde o início do ano, e o aumento de casos fora do período sazonal tem atraído a atenção das autoridades de saúde. Atualmente, a influenza é o segundo vírus mais comum entre os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Historicamente, a gripe tinha seu pico de casos durante o outono e o inverno. No entanto, após a pandemia de COVID-19, essa sazonalidade tem diminuído, com casos ocorrendo em todas as estações do ano. Esse fenômeno pode estar relacionado à crescente disseminação de teorias antivacinas, que, infelizmente, têm sido adotadas por uma parte considerável da população.

A mídia tem noticiado o aumento de casos nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Diante disso, é essencial que nós, profissionais de saúde, orientemos a população sobre como se prevenir, identificar sintomas graves e saber quando procurar atendimento médico de urgência.

Como se prevenir?

O vírus da gripe é transmitido por gotículas ou contato direto com secreções. Portanto, as medidas de higiene, como o uso de álcool em gel e máscaras em ambientes fechados — amplamente utilizadas durante a pandemia de COVID-19 — são recomendadas para prevenir a transmissão.

A vacinação é, sem dúvida, a medida mais eficaz para reduzir a gravidade da doença. No Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina protege contra três subtipos do vírus, enquanto nas clínicas particulares, a proteção é contra quatro subtipos. Vale ressaltar que a vacina no SUS está disponível apenas para grupos de risco, que incluem crianças menores de 5 anos e pessoas com doenças cardíacas, pulmonares ou condições genéticas.

Quais são os sintomas da gripe?

Os sintomas mais comuns da influenza incluem:

  • Febre alta
  • Calafrios
  • Dores no corpo
  • Dor de cabeça intensa
  • Tosse
  • Secreção nasal
  • Prostração

Esses sintomas geralmente duram entre 7 a 10 dias.

Quando procurar atendimento médico?

Qualquer paciente com sintomas sugestivos de gripe deve procurar atendimento médico, pois pode ser necessário o uso de antivirais, como o Fosfato de Oseltamivir. Pacientes fora dos grupos de risco devem procurar avaliação médica caso apresentem sinais de complicações, como:

  • Cansaço excessivo
  • Falta de ar
  • Prostração intensa
  • Tontura
  • Queda no estado geral de saúde

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito através da história e exame físico, o teste rápido deve ser solicitado para grupo de risco ou casos duvidosos.

Qual é o tratamento recomendado?

Na maioria dos casos, os pacientes se recuperam entre 7 e 10 dias. Os medicamentos recomendados para aliviar os sintomas incluem:

  • Antitérmicos
  • Antiinflamatórios
  • Lavagem nasal com soro fisiológico
  • Descongestionantes e corticoides nasais (em alguns casos)

Pacientes dos grupos de risco ou com quadro grave devem iniciar o tratamento com antivirais, como o Oseltamivir, dentro de 72 a 96 horas após o início dos sintomas.

Importante: O uso de antibióticos não é indicado para o tratamento da gripe, pois não altera a evolução da doença. Eles devem ser reservados apenas para pacientes que apresentem complicações bacterianas, como otite média, pneumonia ou sinusite.

Meu filho está com gripe, quanto tempo ele deve permanecer isolado?

É recomendado que pacientes infectados pelo vírus da gripe permaneçam isolados por 7 dias a partir do início dos sintomas para evitar a transmissão a outras pessoas.

Fontes:

Urina alaranjada no bebê

Não é incomum vermos mães procurando o pronto-socorro ou enviando mensagens ao pediatra devido à urina rosa ou alaranjada dos filhos. A pergunta que logo surge é: será que há sangue na urina do meu filho?

Em caso de dúvida, é sempre importante buscar atendimento médico.

Mas afinal, o que causa essa coloração na urina?

A urina rosa ou alaranjada pode ser resultado de uratos amorfos, que são cristais de urato eliminados na urina do bebê. Isso ocorre devido à imaturidade dos rins, que ainda não conseguem reabsorver todo o urato, levando à excreção de uma quantidade maior desse soluto, formando os cristais.

E o que devo fazer?

A presença de urato amorfo na urina é esporádica e, na maioria das vezes, não requer intervenção. Com o tempo, os rins do bebê amadurecem e o problema se resolve por conta própria.

Lembre-se de sempre consultar seu pediatra antes de buscar qualquer serviço de emergência. Isso ajuda a evitar a exposição desnecessária a um ambiente hospitalar, que pode estar contaminado.

Silicone e amamentação

O Brasil é o país com mais cirurgias plásticas no mundo e é referência em estética, com alguns dos melhores cirurgiões plásticos.

O mercado de cirurgias estéticas cresce a cada ano, influenciado pelo patriarcado e pelo poder das redes sociais, que promovem um padrão de beleza muitas vezes inalcançável.

Muitas mulheres jovens acabam realizando cirurgias como a redução de mamas ou a colocação de implantes de silicone muito cedo, sem considerar as possíveis complicações futuras desses procedimentos.

Quais são as principais complicações que podem ocorrer após uma cirurgia mamária?

  1. Dificuldade de amamentação: Isso pode acontecer devido à distensão da pele causada pelo silicone, que dificulta que o bebê consiga abocanhar a aréola corretamente, resultando em problemas de pega e trauma no mamilo.

  2. Redução na produção de leite materno: Implantes muito grandes podem pressionar o tecido mamário, o que pode inibir a produção de leite.

  3. Mastite: A mastite, que é a inflamação das mamas, pode ocorrer devido a alterações nos ductos lactíferos após a cirurgia. Isso pode causar ingurgitamento e “empedramento” do leite em algumas áreas.

  4. Contratura capsular: Embora rara, essa é uma das complicações mais sérias. Algumas mães podem desenvolver uma inflamação intensa, causada pela lactação, que comprime o implante mamário, resultando em dor persistente. O tratamento pode envolver a remoção da prótese.

Qual implante apresenta menor risco de complicações?

Estudos indicam que colocar o implante atrás do músculo peitoral e fazer a incisão na axila pode ter menos complicações em comparação a implantes colocados acima do músculo.

É fundamental consultar um cirurgião plástico de confiança e, sempre que possível, buscar uma segunda opinião de outros especialistas, como pediatras e consultores de amamentação.

Fontes: 

https://aps-repo.bvs.br/aps/quais-as-implicacoes-em-relacao-a-amamentacao-e-os-locais-de-colocacao-das-proteses-de-silicone-anatomicamente/ 

https://www.nhs.uk/start-for-life/baby/feeding-your-baby/breastfeeding/can-i-breastfeed-if-im/breastfeeding-with-implants/ 

Ictericia e banho de sol

A icterícia, também conhecida como amarelão, é comum em recém-nascidos. Durante a gestação e após o parto, são feitos exames para verificar a compatibilidade sanguínea entre mãe e bebê. O objetivo é identificar quais bebês estão em risco de desenvolver anemia ou icterícia grave devido à incompatibilidade sanguínea.

A maioria dos bebês apresenta a icterícia fisiológica, que geralmente se torna mais evidente entre o terceiro e quarto dia de vida, mas tende a melhorar com o tempo.

Ao deixar a maternidade, é comum que os profissionais de saúde orientem sobre a prática de banho de sol. No entanto, essa prática, embora culturalmente aceita, já está ultrapassada.

Pesquisas mostram que expor a criança ao sol para tratar a icterícia é ineficaz e, por isso, não deve ser recomendada.

Como a icterícia se resolve?

A icterícia fisiológica, que é a forma mais comum, melhora com o amadurecimento do fígado. À medida que o fígado do bebê se desenvolve, ele se torna mais capaz de absorver, metabolizar e excretar o excesso de bilirrubina, a substância responsável pela coloração amarelada da pele.

Sempre consulte um pediatra e siga suas orientações para evitar práticas desnecessárias para o seu filho.

Fonte:

23176c-MO Hiperbilirrubinemia indireta período neo.indd (sbp.com.br)

Clinical Practice Guideline Revision: Management of Hyperbilirubinemia in the Newborn Infant 35 or More Weeks of Gestation | Pediatrics | American Academy of Pediatrics (aap.org)

Cuidados com o cordão umbilical

O cordão umbilical representa a união entre o filho e a mãe durante o período gestacional, é através dele que todos os nutrientes, sangue e oxigênio chegam ao feto. 

Após alguns minutos do nascimento é realizado clampeamento do cordão umbilical e sua secção, normalmente o recém-nascido recebe alta da maternidade com um clampe de plástico, que pode ser retirado logo na primeira consulta com o pediatra. Ainda na maternidade é visível a dúvida dos pais referente aos cuidados com o coto, sendo as dúvidas mais comuns: 

Pode lavar no banho? 

Sim, o coto umbilical pode ser lavado durante o banho, aplicação de água com sabão é indicado, porém somente água é considerado suficiente. 

Dói? 

O coto umbilical não possui fibra nervosa, sendo assim não dói ou provoca qualquer reação ao bebê. 

Devo passar álcool? 

Essa é talvez a dúvida mais comum, pois antigamente recomendava-se o uso de álcool para limpeza, porém atualmente sabe-se que esse hábito não prevenia infecções além de atrasar a queda do coto umbilical. 

Com quanto tempo cai? 

A queda do coto umbilical ocorre entre 7 e 21 dias. 

É normal que após a queda do cordão umbilical permaneça uma protusão do umbigo para fora, que com o passar dos meses irá reduzir e entrar para a cavidade abdominal, deve-se evitar o uso de faixas, moedas ou utensílios para pressionar ou ocluir a região, pois estes podem causar infecção fúngica e não trazem benefícios 

Quando devo me preocupar? 

Caso o coto apresente saída de secreção fétida, pus ou vermelhidão intensa ao redor do umbigo do bebê deve-se procurar uma emergência imediatamente. 

 

Fontes: 

Alergia ao leite de vaca

A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é uma preocupação para muitos pais. Embora seja uma condição que geralmente apresenta evolução favorável e tende a se resolver com o tempo, requer atenção e esforço redobrado da família para evitar erros que possam colocar a criança em situações de risco ou agravar os sintomas.

Estima-se que 2 a 3% das crianças menores de 2 anos no mundo tenham APLV. Diversos fatores de risco estão associados ao seu desenvolvimento, sendo os principais a predisposição genética, o nascimento prematuro e o uso de fórmula infantil durante a maternidade.

Quando suspeitar de APLV?

A APLV é mais comum em crianças menores de 2 anos. Os sintomas mais frequentes incluem:

  • Sangue nas fezes
  • Muco nas fezes
  • Dor abdominal ou irritabilidade persistente
  • Refluxo gastroesofágico persistente, mesmo após medidas posturais ou uso de fórmulas espessadas
  • Piora da dermatite atópica, mesmo com hidratação adequada
  • Manchas na pele

Atenção: Se seu filho apresentar manchas no corpo, inchaço nos lábios ou dificuldade para respirar logo após a ingestão de leite, é essencial buscar atendimento médico emergencial. Esses sintomas podem indicar anafilaxia, uma forma grave e potencialmente fatal da alergia.

É necessário realizar exames para diagnóstico?

Não, o diagnóstico é baseado na história clínica e no exame físico. Para confirmação, pode-se realizar um teste de exclusão e provocação oral.

Exames para alergia são necessários?

O exame mais comumente utilizado é o de IgE, mas este tem pouco valor na prática, pois a APLV pode não ser mediada por esse anticorpo. Um resultado negativo não exclui a possibilidade de alergia. Em casos graves que evoluem para anafilaxia, a realização desse exame é importante para o acompanhamento da tolerância e a possível dessensibilização oral.

Há como prevenir a APLV?

O aleitamento materno exclusivo é, sem dúvida, o fator de proteção mais importante. Outras recomendações, como o uso de probióticos e leite hidrolisado em recém-nascidos de risco, estão em estudo, mas nenhuma possui comprovação científica robusta até o momento.

Meu filho está em aleitamento materno exclusivo; ele pode ter APLV?

Sim, se a mãe consumir leite e derivados, a criança pode ser sensibilizada, pois as proteínas do leite podem passar para o leite materno.

Qual é o tratamento?

O tratamento consiste em excluir o leite e derivados na dieta da mãe se estiver em aleitamento materno exclusivo. Para crianças que não estão sendo amamentadas, recomenda-se o uso de fórmulas extensivamente hidrolisadas.

A APLV tem cura?

A evolução natural da doença é a melhora gradual dos sintomas e a criação de tolerância, geralmente por volta dos 2 anos de idade. Alguns pacientes com sintomas mais graves podem apresentar reações até os 8 anos, embora não seja comum ultrapassar essa idade.

Fontes:

 

Fimose

O órgão genital masculino e seus cuidados logo após ao
nascimento é dúvida frequente nas consultas: posso lavar? Puxo a pele? Faz
massagem? Essa pele é normal?

Mas primeiro devemos entender o que é a fimose, a fimose é a
sobreposição da pele do pênis sobre a glande (“cabeça do pênis), impedindo a
sua exposição parcial ou completa. Todos os homens nascem com a chamada fimose
fisiológica, ou seja, é normal a criança ter fimose e a tendência é que ela se
resolva em 90% dos casos até os 5 primeiros anos.

Durante muitos anos recomendou-se a retração forçada do
prepúcio (pele que recobre a glande) com exposição da glande do pênis, porém
atualmente essa prática já caiu em desuso e não é mais recomendada. O motivo
dessa mudança de conduta é que foi observado que a prática da retração da pele
causava lesão no local, estimulando um processo inflamatório, resultando em
maior aderência da pele e piorando a situação da fimose.

Quais cuidados devo ter com a fimose do meu filho?

Manter higiene diária com água e evitar retrair a pele de
maneira forçada.

Tem alguma pomada que pode acelerar a resolução?

Alguns estudos sugerem que o uso de pomada a base de
corticoide e hialuronidase podem acelerar a resolução da fimose.

Meu filho já tem 6 anos e ainda tem fimose, o que fazer?

O ideal é acompanhar com um cirurgião pediátrico para melhor
orientar a família e decidir em conjunto a necessidade de operar ou não.

Quando devo realizar a cirurgia antes dos 5 anos?

·        
Infecções urinárias de repetição.

·        
Infecção da pele do pênis de repetição.

·        
Parafimose.

·        
Impossibilidade de expor a glande após os 3
anos.

A informação é crucial e deve ser levada aos pais durante a
consulta de rotina dos seus filhos, isso evita complicações por erro de cuidado
e cirurgias precoces que muitas vezes poderiam ser evitadas.

Fontes:

23978c-DC – Fimose_tratam Clinico x Tratam Cirurgico.indd (sbp.com.br)

Qual o manejo da fimose em crianças? – BVS Atenção Primária em Saúde

Nova vacina da COVID

A vacinação nos salvou de várias pandemias, manter a caderneta de vacinas atualizadas é um papel tanto dos pais quanto dos pediatras, isso é um exemplo de cidadania, isso mesmo, CIDADANIA!
É de conhecimento de todos que a gravidade do coronavírus que circula entre nos já não é como nas cepas anteriores, está ficando cada vez mais parecido com os tempos pré-pandemia, onde o coronavírus era responsável por uma grande parcela dos resfriados comuns.

Mas será que devemos esquecer a vacinação?

 A resposta é NÃO!

O coronavírus ainda circula entre nós e tem alta transmissibilidade, atualmente não é causador de morte em indivíduos saudáveis, isso quer dizer que se seu filho não tiver doença prévia, ele irá recuperar sem grandes danos ao seu organismo. Mas não podemos dizer o mesmo de uma senhora, um imunodeficiente, um transplantado de órgão, um paciente com câncer e demais doenças que ainda são de alto risco para uma evolução desfavorável. Diante disso é obrigação nossa proteger essas pessoas, e não temos outra opção além da vacinação.

O ministério da saúde atualizou em 2024 a necessidade de vacinação na população geral, e a recomendação atual varia muito de acordo com status vacinal do paciente e vacinas prévias utilizadas.

A implementação da vacina COVID MODERNA XBB no SUS deve ser aplicada conforme a orientação abaixo:

  • -Crianças de 6 meses a 4 anos, SEM VACINAÇÃO PRÉVIA: duas doses. Administrar a segunda dose 4 semanas após a primeira dose.
  •  
  • -Crianças de 6 meses a 4 anos e 11 meses, vacinados de maneira incompleta (uma dose): recebem duas doses da vacina com intervalo de 4 semanas entre elas.
  •  
  • -Crianças de 6 meses a 4 anos e 11 meses, vacinados de maneira incompleta (duas doses): recebem uma dose da vacina, com intervalo de 8 semanas após a última dose da vacina de coronavírus, independente de qual vacina coronavac ou pfizer.
  •  
  • Crianças de 6 meses a 4 anos, vacinados de maneira completa (três doses de qualquer vacina para covid): Uma dose de vacina.

Observação: Administrar uma dose pelo menos 3 meses após a dose mais recente de qualquer vacina COVID-19 cepa original.

A vacina da COVID, provou-se segura, e é capaz de proteger nossas crianças das formas graves da doença como síndrome respiratória aguda grave e síndrome inflamatória multissistêmica da COVID, apesar de raras elas ainda podem ocorrer, e é inadmissível perdemos qualquer vida para uma doença imunoprevenível.

 Fontes:
https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/news/atualizacao-em-vacinas-covid-19-na-pediatria/
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/covid-19/esquemas-vacinais#:~:text=Contudo%2C%20se%20a%20pessoa%20n%C3%A3o,dose%20da%20vacina%20monovalente%20XBB.

Íngua

A adenopatia, ou íngua, na infância é uma causa comum de busca por atendimento médico.

Mas o que é a íngua?
A íngua, ou linfonodo, faz parte do nosso sistema linfático, responsável pela defesa do organismo. O sistema linfático tem a função de detectar agentes nocivos à nossa saúde, e é aí que entra a função das ínguas. Após o primeiro contato com o agente nocivo, o nosso corpo aumenta a produção de células de defesa, que ficam armazenadas próximas ao local infectado, resultando no aumento dos linfonodos, ou íngua.

Meu filho tem ínguas palpáveis, é normal?
É comum que as ínguas sejam palpáveis em crianças menores de 5 anos, o que significa que seu sistema imunológico está em desenvolvimento. As ínguas geralmente são palpáveis, de caráter mole e móvel, localizadas nas regiões do pescoço, nuca e abaixo da mandíbula. Elas tendem a aumentar de tamanho durante processos infecciosos ou inflamatórios, como resfriado, sinusite, otite, gengivite, extração dentária e alterações no couro cabeludo.

Quando devo me preocupar?
Os sinais de alerta para uma investigação mais aprofundada são:

 

    • Febre persistente associada a íngua aumentada.

    • Perda de peso associada a íngua aumentada.

    • Ínguas aumentadas em regiões abdominal, inguinal e acima das clavículas.

    • Íngua endurecida e fixa em qualquer região.

    • Ínguas maiores que 2 a 3 centímetros sem causa específica.

    • Ínguas associadas a sangramentos espontâneos.

Caso seu filho apresente algum sinal de alerta, é necessário uma avaliação pelo pediatra, além de investigação laboratorial e de imagem, de acordo com cada caso.
Na dúvida, sempre consulte um especialista. Se necessário, peça uma segunda opinião!

Fontes:

https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/_21978d-DC_Linfonodomegalia_periferica_na_crianca_e_no_adolescente.pdf

https://medicalsuite.einstein.br/pratica-medica/Pathways/Linfoadenopatia_aguda_em_criancas_e_adolescentes.pdf

https://publications.aap.org/pediatricsinreview/article/45/8/429/198003/Lymphadenopathy-Differential-Diagnosis-and

 
 
 

Anticoncepcional e amamentação.

Dúvida comum: estou amamentando, devo tomar anticoncepcional?

A resposta é: depende.

Se você está amamentando de forma exclusiva, seu bebê mama pelo menos 8 vezes ao dia e você não teve nenhum sangramento vaginal (escape), não é necessário utilizar anticoncepcional. Esse fenômeno é conhecido como amenorreia induzida pela lactação ou amenorreia lactacional. O próprio ato de amamentar estimula a produção do hormônio prolactina, que inibe a ovulação.

Esse método tem uma eficácia de 96% até o 6° mês de vida do bebê. Após esse período, recomenda-se o uso de métodos anticonceptivos.

E qual método usar após o 6° mês?

A orientação da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia e da Sociedade Brasileira de Pediatria é que se opte por um método anticoncepcional com a menor dosagem possível de hormônios estrogênicos. Portanto, recomenda-se o uso de anticoncepcionais orais com baixos níveis de progestagênios ou métodos físicos, como camisinha e dispositivos intrauterinos. Essa recomendação visa reduzir a exposição do bebê a altos níveis de hormônios femininos.

Fontes:

https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1340374207Portuguese-Chapter19.pdf

 

https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/200-anticoncepcao-no-pos-parto